Faculdade de Motricidade Humana

Esta linha de investigação está particularmente focada na gestão sustentável dos riscos mecânicos e físicos que podem pôr em causa a saúde e a segurança do trabalhador e segue quatro orientações principais:

• Avaliação de riscos e identificação dos fatores determinantes;
• Análise da fiabilidade de métodos de avaliação de riscos;
• Utilização de métodos estatísticos para análise de acidentes de trabalho;
• Promoção da cultura de segurança nas organizações.

A avaliação da carga e da capacidade de trabalho, em Ergonomia, baseia-se num quadro conceptual que permite analisar os fatores de carga e os seus efeitos sobre o trabalhador, tendo como objetivo a adequação dos níveis de carga externa às capacidades dos mesmos, numa perspetiva de sustentabilidade das trajetórias ocupacionais.

A avaliação da carga e da capacidade de trabalho centra-se em três eixos principais:

• Compreender os efeitos da atividade sobre o operador, em termos quantitativos e qualitativos (esforço, fadiga, etc.), como resultado da sua adaptação às exigências impostas pelo sistema de trabalho;
• Caracterizar as características dos trabalhadores e do sistema de trabalho e respetivas interações, numa perspetiva da sua integração para o desenvolvimento de soluções de otimização dos sistemas de trabalho;
• Identificar necessidades de desenvolvimento de programas de capacitação e formação profissional alicerçados nos cenários reais de trabalho.

A equipa do ERGOLab está capacitada para a realização de Análises Ergonómicas de Sistemas e Postos de Trabalho e de Produtos, envolvendo, nomeadamente:

• Análise da capacidade de trabalho;
• Avaliação das condições organizacionais do trabalho (triangulação de dados das análises da tarefa, da atividade de trabalho e dos resultados do trabalho envolvendo técnicas de observação livre e sistemática, entrevista individual e/ou coletiva e questionários).
• Avaliação das necessidades formativas (triangulação dos dados das análises da tarefa, da atividade de trabalho e dos resultados do trabalho envolvendo técnicas de observação livre e sistemática, entrevistas individuais e/ou coletivas e questionários);
• Análise dos espaços de trabalho;
• Análise dos fatores psicossociais de risco (através de instrumentos validados para Portugal, como por exemplo a versão média do COPSOQ II);
• Avaliação da adequação de produtos e serviços (de acordo com a metodologia preconizada nas normas ISO 9241–210:2019, de desenho centrado no humano e ISO 9241-11: 2018 de interação humano-sistema);
• Avaliação do risco de lesão músculo-esquelética relacionada com o trabalho (com REBA Tool, RULA Tool, Strain Index Tool, Quick Exposure Check, 2D Biomechanics Tool, Revised NIOSH Lifting Equation, Shoulders Moment Estimation, Rodgers Muscle Fatigue Analysis, aplicados de forma independente ou recorrendo ao software Ergoweb Enterprise™, entre outros);
• Desenvolvimento e avaliação dos requisitos funcionais no âmbito da conceção de produtos/serviço (de acordo com a metodologia preconizada nas normas ISO 9241–210:2019, de desenho centrado no humano e ISO 9241-11: 2018 de interação humano-sistema);
• Avaliação da exposição a vibrações (com vibrómetro e de acordo com as normas NP ISO 2631-1:2007 e a NP EN ISO 5349-1:2009 e o DL 46/2006, de 24 de fevereiro)
• Avaliação da exposição ao ruído (com sonómetro e de acordo com a norma NP EN ISO 9612:2011 e o DL 182/2006, de 6 de setembro)
• Avaliação da iluminação (com luxímetro e de acordo com NP EN 12564-1:2017)
• Avaliação do ambiente térmico (com sondas diversas e psicrómetro rotativo, de acordo com as normas ISO 7243:2017, NP EN ISO 7730:2021 e NP EN ISO 8996:2020)
• Investigação e análise de acidentes de trabalho (com recurso a índices estatísticos e ao princípio de Pareto, entre outros)

O ERGOLab, numa parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, organizou um projeto que teve como objetivos:

• Caraterizar a capacidade de trabalho e os fatores de risco psicossociais dos colaboradores da Divisão de Gestão Cemiterial, em função da idade e dos determinantes da atividade de trabalho
• Identificar as situações de trabalho críticas, ou seja, aquelas em que os colaboradores apresentam uma capacidade de trabalho insatisfatória e/ou fatores de risco psicossociais desfavoráveis, e analisar os seus determinantes
• Estruturar um Programa de Promoção e Manutenção da Capacidade de Trabalho englobando medidas dirigidas ao grupo analisado